"Se eles não aprendem do jeito que a gente ensina, nós ensinamos do jeito que eles aprendem" (Ivar Lovaas)
trabalhamos comportamentos observáveis e modificáveis.
salas para atendimento em grupo, treinando a socialização.
ambiente pensado para atender às crianças.
atendimento personalizado, com qualidade e ética.
(Texto do blog: From The Bowels of Motherhood. O blog é escrito por Mandy Farmer, mãe de três filhos, um deles autista)
Vejo posts e artigos com frequência retratando os pesadelos de sair com crianças autistas. Eu me identifiquei com quase todos eles. Tenho notado que a maioria não é sobre um colapsos na Disney ou no parque, é quase sempre na mercearia ou em algum outro passeio do cotidiano que não é tão prazeroso de fazer, é uma obrigação. Todos nós temos que comprar alimentos. Todos temos que deixar nossos filhos na escola. Todos nós temos de ir a consultas médicas. A lista do que temos que fazer só aumenta e aumenta. Organizar os cuidados com as crianças toda vez que temos que fazer uma dessas coisas não é tão realista e pode sair muito caro. Não só isso, mas algumas crianças sofrem de uma severa ansiedade de separação, o que torna deixá-los em casa tão traumático quanto levá-los para sair.
Temos a questão de que a qualquer momento que entramos em uma loja, nosso filho fica altamente ansioso por causa do alto-falante e dos barulhos que as caixas registradoras fazem. Tanto é assim que ele geralmente joga as coisas quando é hora de pagar as compras, ou cobre os ouvidos e chora quando ouvem o alto-falante. Ele também fica muito chateado se houver outra criança chorando (mesmo que essa criança esteja a três corredores de distância) e ele pode acabar dando uma pirueta da qual nem sempre nos recuperamos.
Com todos esses comportamentos problemáticos ocorrendo frequentemente quando saímos, pessoas de fora do nosso mundo podem se perguntar por que saímos com nossos filhos se não é totalmente necessário. Por que vamos nos submeter aos olhares e comentários que machucam tanto. Por que não podemos, por exemplo, deixar nosso filho em casa com o pai ou a mãe e o outro pode levar os outros dois filhos? Por que não faço as compras enquanto as três crianças estão na escola? Por que vamos ao parque quando sabemos que o resultado final será arrastar uma criança inquieta que grita para o carro.
Sei que nosso filho estaria satisfeito em ficar sentado na sala, brincando com todos os seus brinquedos favoritos. Sua ansiedade seria quase zero e o humor dele seria melhor. Quando ficamos doentes na semana passada e saímos muito poucas vezes, vimos poucas mudanças de humor e nossos dias ficaram livres de colapsos. Então por que as crianças não estudam em casa, por que não pagamos uma babá para as saídas necessárias e por que não paramos com todas as terapias? Existem algumas razões pelas quais escolhemos não nos trancar em casa e pelas quais não evitamos o novo e o desconhecido.
Primeiramente, ficar trancado em casa não é uma opção no mundo real. Se esperamos que nossos filhos amadureçam e aprendam os mecanismos de enfrentamento, eles precisam de prática. Se esperamos que sejam capazes de irem ao supermercado e comprarem comida para si mesmos um dia, não podemos evitar lugares barulhentos em família. Temos de trabalhar através da experiência, mesmo se ela parece ser desastrosa para os espectadores. Na verdade, às vezes, nossas saídas podem parecer desastrosas, mas estão dez vezes melhor que a última e curtiremos a alegria desse progresso.
Outra razão pela qual nós nunca vamos parar de sair é porque nossos filhos merecem se divertir também. Não me interpretem mal, planejamos nossas saídas com muito cuidado e geralmente tentamos trabalhá-las, para que não fiquemos muito tempo esperando e para torná-las o mais previsíveis possível. Mas mesmo assim, não planejamos para cada circunstância e se temos que esperar um pouco mais do que o planejado ou se as coisas tomam um rumo diferente, talvez você precise testemunhar um colapso. Mas vale a pena. Para mim, vale a pena a chance de que ele pode chorar e gritar porque tivemos de deixar o zoológico depois de passear por ele duas vezes se o benefício significa vê-lo dar pulos de alegria, entusiasmado por ter conhecido um novo animal. Vale a pena, para mim, sair da nossa casa e vê-lo ter uma melhor saída até a loja do que da última vez ou para vê-lo tentar uma coisa nova com seus irmãos ao seu lado e se divertir.
Então, é isso. Não podemos viver com medo do próximo colapso, caso contrário, nossos filhos nunca vão experimentar o mundo. Não podemos esconder nossos filhos a fim de tornar o mundo mais confortável, caso contrário, ninguém irá aprender sobre o assunto, nem aceitar as suas diferenças. Não podemos parar de sair, tanto quanto não podemos parar de viver. E nós nunca vamos parar.
Traduzido a partir de: https://www.autismspeaks.org/blog/2016/09/06/why-we-will-never-stop-going-out-public
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