Uma das principais crítica à Terapia ABA é de que essa abordagem usa adestramento para trabalhar com crianças. Essa crítica surge, principalmente, a partir do uso de reforçadores (itens como brinquedos, comestíveis, etc) no ensino. Usar comestíveis, por exemplo, acaba incomodando alguns pais, já que lembra as recompensa usadas no adestramento de animais.
Na prática, nenhuma aprendizagem ocorre sem que existam consequências “positivas” (reforçadoras). A criança típica que aprende a falar, por exemplo, precisa da atenção, elogios e compreensão auditiva dos pais e cuidadores para recompensá-la. São essas consequências que vão garantir que a criança fale palavras, que possam ser compreendidas pela a comunidade em que ela faz parte.
No caso de crianças do espectro autista, o reforço social (elogio, por exemplo) parece não funcionar como reforçador, pelo menos não inicialmente, no período mais crítico da aprendizagem. Nesse caso, itens tangíveis como comestíveis, brinquedos, desenhos, entre outros, devem ser usados.
Uma boa intervenção em ABA também planejará a retirada dos itens tangíveis, não naturais ao ensino. Uma das estratégias para que isso ocorra é a apresentação concomitante dos itens preferidos pela criança, junto com elogios e atenção, assim a probabilidade do ambiente social funcionar como reforçador no futuro é maior.
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