Os pais não só podem, mas sim devem deixar os filhos especiais escolherem, quando isso for possível! Muita gente se equivoca em pensar que indivíduos do espectro não conseguem escolher, ou pior, que eles não poderiam ter suas preferências. Estudos mostram que a possibilidade de escolha diminui a frequência de comportamentos inadequados, ou seja, quando possibilitamos a escolha do indivíduo ele grita, chora e se agride menos.
Assim, ao invés de sempre escolher brinquedos, comidas e atividades, possibilite ao seu filho fazer essas pequenas escolhas do dia-a-dia. Até algumas crianças verbais precisarão de treino para dizer o que preferem. Estimular e ensinar crianças especiais a escolher é fundamental para que essas escolhas possam acontecer. Para crianças com limitações verbais significativas, por exemplo, costumamos apresentar dois ou mais objetos e esperar que ela tente pegar um deles. Quando se trata de atividades, podemos imprimir figuras que representem essas atividades, mostrar para criança, e esperar ela pegar uma delas. Quando a criança ecoa, ou tem alguma fluência verbal esse procedimento pode incluir também o pedido vocal “Eu quero carrinho”.
Estimular a escolha do seu filho não só diminuirá a presença de comportamentos inadequados, como também estimulará o desenvolvimento da autonomia e do processo de resolução de problemas. No entanto, assim como para qualquer outra criança, a possibilidade de escolha perpassa também pelo bom senso. Nem sempre será possível que ela escolha, e será importante treinar essa habilidade também.
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