Nos últimos 50 anos na área de intervenções para o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), encontramos centenas de pesquisas empíricas demonstrado que estratégias, técnicas e procedimentos adotados pela intervenção em ABA são eficazes para o ensino de comportamentos socialmente relevantes e para o manejo de comportamento problemas. As intervenções comportamentais têm como objetivo melhorar a saúde, aumentar o repertório, promover independência e a qualidade de vida desses indivíduos.
Segundo duas grandes metanálises, a intervenção em ABA é um padrão ouro de evidência científica. Mas o que é essa tal de metanálise? Uma metanálise é uma técnica estatística no qual todos os artigos publicados sobre um determinado tema são analisados e é observado se os resultados têm validade estatística ou apontam para uma mesma direção.
Em 2009, o National Standard Project fase 1, uma iniciativa do National Autism Center, fez uma revisão de 775 estudos sobre intervenções em autismo para avaliar e identificar práticas baseadas em evidências para o tratamento do autismo.
Dentre estes estudos, foram encontradas 11 intervenções com evidência para o tratamento e intervenção de pessoas com TEA, 9 dessas 11 intervenções são estratégias e técnicas da Análise Aplicada do Comportamento.
Em 2012, a fase 2 do National Standard Project, revisou sistematicamente 389 artigos sobre intervenções em autismo. A partir desses estudos foram encontrados 14 intervenções com evidências científicas estabelecidas para o tratamento do autismo. Dessas 14 intervenções, 12 são baseadas em Análise do Comportamento. Essas intervenções com evidências estabelecidas têm altíssima probabilidade de funcionar se implementadas de maneira adequada e dentro da idade esperada.
O National Standard Project além de identificar as práticas baseadas em evidências (EBP) para o tratamento listou 10 habilidades do desenvolvimento que as EBPs promovem. Uma intervenção de qualidade deve promover: habilidades acadêmicas, linguagem, funções cognitivas superiores (resolução de problemas), habilidades interpessoais, predisposição para aprendizagem (imitação, seguimento de instruções, sentar e atenção), habilidades motoras, atividades da vida diária, posicionamento, brincar funcional e auto-regulação. O projeto também identificou comportamentos que atrapalham uma vida funcional e devem ser diminuídos a partir da intervenção. Dessa forma, devem ser objetivos das intervenções diminuir as características associadas ao TEA, eliminar comportamento problema e reduzir comportamentos repetitivos, restritos e estereotipados.
A intervenção para o tratamento do TEA que você adotou com o seu filho é baseada em evidências?
A intervenção comportamental baseada em ABA desenvolvida aqui na clínica é!
Se quiser saber mais informações sobre os estudos citados acesse:
https://www.nationalautismcenter.org/national-standards-project/history/significant-findings/
Tema também discutido por Ana Arantes, Lidiane Queiroz e Natalie Araripe no vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=r65UeH__Dn0