A Organização Mundial da Saúde declarou na segunda (01/02/2016) que o aumento no número de casos de microcefalia e distúrbios neurológicos, relacionado a infecção pelo Zika Vírus, é uma emergência de saúde pública internacional. O objetivo desse alerta foi aumentar a mobilização de recursos e conhecimento científico no combate à doença.
O primeiro caso de Zika vírus foi notificado no Brasil em maio de 2015. A partir daí o número de casos cresceu e hoje, menos de um ano depois, a infecção está em 25 países. O Brasil é o território mais afetado pelo vírus! Embora a infecção por Zika possua sintomas leves como febre e manchas pelo corpo, parece existir uma relação entre a infecção em mulheres grávidas e o aumento dos nascimentos de bebês com microcefalia, o que costumava ser uma condição rara. Até o dia 30 de janeiro, foram notificadas 4.783 suspeitas de bebês com essa malformação.
Uma criança com microcefalia possui a cabeça menor, menos de 32 cm. Os ossos do crânio se unem antes do tempo e o cérebro não desenvolve como ocorre com crianças neurotípicas. É muito comum que indivíduos com microcefalia precisem de cuidados por toda a vida.
Indivíduos com esse tipo de malformação podem apresentar atraso mental; déficit intelectual; paralisia; convulsões; epilepsia; autismo e rigidez muscular. A microcefalia não tem cura, porém alguns tratamentos podem reduzir os efeitos da união precoce dos ossos do crânio. Existe a possibilidade de: (1) se fazer uma cirurgia para separar ligeiramente os ossos do crânio nos primeiros meses de vida; (2) usar medicamentos que diminuem os espasmos musculares e melhoram a tensão dos músculos; e (3) estimulação intensa e fisioterapia, indicada no desenvolvimento físico e mental. Quanto mais estímulos, melhores serão os resultados! Nesse sentido, a análise do comportamento tem muito a contribuir para uma melhora no quadro!
A microcefalia costumava ser uma condição rara de malformação cerebral, no entanto, em menos de um ano, o número de casos aumentou significativamente, e assustou as autoridades. É um caso grave de saúde pública, onde uma geração de crianças vai precisar de cuidados especiais! O investimento em pesquisa é fundamental para controlar essa epidemia, e também, para melhorar a qualidade de vida desses indivíduos!
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