Sim! Muitas crianças do espectro autistas aprendem a forçar o vômito e utilizam essa ferramenta para se comunicar. Mais comum do que se imagina, elas começam a tossir e induzem o vômito, principalmente, nos momentos em que querem evitar uma tarefa ou pedir algo. O que acontece é que essas crianças especiais testam muitos comportamentos, e utilizam os mais eficazes na sua comunicação. Se seu filho anda forçando o vômito, muito provavelmente, ele está sendo correspondido no seu “pedido”, ou seja, esse comportamento está sendo “eficaz”.
O que devo fazer?
Uma estratégia para lidar com o vômito forçado é pedir um comportamento alternativo. Algo que ela possa usar para pedir algo ou não fazer a tarefa proposta. Por exemplo, peça para ela ecoar algumas palavras, apontar, ou fazer sinal de sim ou não quando quiser ou não algo. Dê dicas ao mínimo sinal de que ela vai forçar o vômito (quando o pedido puder ser atendido).
Quando a criança já vomitou, no caso em que o pedido não pôde ser atendido ou quando não deu tempo de dar as dicas, então as consequências após o vômito devem ser minimizadas ao máximo. Como qualquer outro comportamento inadequado, o indicado é que os pais e pessoas próximas não dêem atenção. Se ela quiser algo especifico, você pode até limpar o vômito, mas não chame atenção para esse comportamento inadequado (se possível não fale nada), e não dê o que ela quer. Se ela quiser fugir da tarefa, você deve continuar a demanda mesmo após o vômito. Isso mesmo! Não pause a tarefa para limpar o vômito, no máximo peça a alguém para limpar para você. É importante que a criança entenda que a tarefa não será esquecida ou procrastinada por causa desse comportamento inadequado. Ja trabalhei com o vômito do lado e posso afirmar que não é a situação mais agradável, no entanto, a firmeza no procedimento garantiu que esses comportamentos fossem diminuindo e cessassem. Ponto para a Terapia ABA!
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